quinta-feira, 26 de outubro de 2017

VAGINISMO sentir dor nao é normal

VAGINISMO: o que é?
O vaginismo ocorre por uma contração excessiva dos músculos que ficam em torno da entrada vaginal, o que causa desconforto extremo e dor às tentativas de penetração vaginal, impossibilitando assim o coito.

A lubrificação vaginal é o equivalente na mulher à ereção no homem. Ela é consequência da excitação sexual. Estímulos diversos levam à excitação sexual: as conhecidas preliminares (carícias, beijos, toques, contato físico) trazem estimulação tátil. Todos os órgãos dos sentidos são envolvidos no processo, tanto que é recomendável que a atividade sexual ocorra num ambiente bonito, com temperatura e aroma agradáveis. 

Um dos estimulantes mais importantes da excitação sexual feminina é a fantasia - a ansiedade pelo encontro, a antecipação dos prazeres, tudo isso deixa o organismo já predisposto a atividade sexual. É claro que isso é mais intenso em relacionamentos de curto tempo, em que a paixão e a novidade tornam tudo mais excitante .
 
É muito difícil que uma mulher inadequadamente estimulada tenha uma boa lubrificação vaginal.
No climatério e em outras situações de deficiência estrogênica (aleitamento, por exemplo), a vagina encontra-se mais atrófica e as condições hormonais não são as mais adequadas para uma boa lubrificação.

Pode-se lançar mão de géis e cremes lubrificantes, cremes e óvulos vaginais com estrogênio e também hidratantes vaginais. Cada caso merece uma abordagem diferente: o ginecologista e o terapeuta sexual são os profissionais mais indicados para essa prescrição.

O vaginismo é uma impossibilidade de permitir a penetração vaginal (e também o exame ginecológico, ultrassonografia transvaginal, etc.) por uma causa psicossomática. 
Importante: NÃO HÁ PROBLEMA ANATÔMICO! 

A mulher que apresenta vaginismo costuma ter todas as fases da resposta sexual preservadas: sente desejo, fica excitada e tem orgasmo por outras formas de estimulação (geralmente por manipulação do clitóris).

O que causa o vaginismo? É difícil responder sem uma abordagem específica de cada mulher. Expectativas fantasiosas a respeito da primeira relação sexual, medo da dor à penetração, tabus e preconceitos relacionados ao sexo, experiências sexuais traumáticas: tudo isso pode concorrer para o vaginismo. A paciente que tem vaginismo costuma sentir-se muito só, perdida e confusa. Não é o tipo de problema que se comenta, às vezes nem mesmo com as amigas mais íntimas. A sensação é de ser diferente de todas as outras mulheres, anormal... 
Esse problema é mais frequente do que se imagina, porém há muito silêncio a respeito, pois trata-se de uma patologia muito íntima, e que constrange a mulher.

O exame ginecológico é importante para afastar problemas clínicos e anatômicos que podem ser os responsáveis pela dor à penetração (lembrando: se houver problema anatômico ou clínico, daí não é vaginismo): infecções, septos vaginais, endometriose, lesões genitais diversas, etc.

O tratamento para o vaginismo é a terapia sexual. São realizadas sessões de psicoterapia com tarefas (exercícios) específicos para essa disfunção.
O vaginismo é uma das disfunções que melhor responde à terapia sexual. Quando a paciente está bastante motivada a porcentagem de cura é muito alta.

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