O vaginismo ocorre por uma contração
excessiva dos músculos que ficam em torno da entrada vaginal, o que causa
desconforto extremo e dor às tentativas de penetração vaginal, impossibilitando
assim o coito.
A lubrificação vaginal é o equivalente na mulher à
ereção no homem. Ela é consequência da excitação sexual. Estímulos diversos levam à
excitação sexual: as conhecidas preliminares (carícias, beijos, toques, contato
físico) trazem estimulação tátil. Todos os órgãos dos sentidos são
envolvidos no processo, tanto que é recomendável que a atividade sexual ocorra
num ambiente bonito, com temperatura e aroma agradáveis.
Um dos estimulantes mais
importantes da excitação sexual feminina é a fantasia - a ansiedade pelo
encontro, a antecipação dos prazeres, tudo isso deixa o organismo já
predisposto a atividade sexual. É claro que isso é mais intenso em
relacionamentos de curto tempo, em que a paixão e a novidade tornam tudo mais
excitante .
É muito difícil que uma
mulher inadequadamente estimulada tenha uma boa lubrificação vaginal.
No climatério e em outras situações
de deficiência estrogênica (aleitamento, por exemplo), a vagina encontra-se
mais atrófica e as condições hormonais não são as mais adequadas para uma boa
lubrificação.
Pode-se lançar mão de géis e cremes
lubrificantes, cremes e óvulos vaginais com estrogênio e também hidratantes
vaginais. Cada caso merece uma abordagem diferente: o ginecologista e o
terapeuta sexual são os profissionais mais indicados para essa prescrição.
O vaginismo é uma impossibilidade de
permitir a penetração vaginal (e também o exame ginecológico, ultrassonografia
transvaginal, etc.) por uma causa psicossomática.
Importante: NÃO HÁ PROBLEMA
ANATÔMICO!
A mulher que apresenta vaginismo
costuma ter todas as fases da resposta sexual preservadas: sente desejo, fica
excitada e tem orgasmo por outras formas de estimulação (geralmente por
manipulação do clitóris).
O que causa o vaginismo? É difícil
responder sem uma abordagem específica de cada mulher. Expectativas fantasiosas
a respeito da primeira relação sexual, medo da dor à penetração, tabus e
preconceitos relacionados ao sexo, experiências sexuais traumáticas: tudo isso
pode concorrer para o vaginismo. A paciente que tem vaginismo costuma
sentir-se muito só, perdida e confusa. Não é o tipo de problema que se comenta,
às vezes nem mesmo com as amigas mais íntimas. A sensação é de ser diferente de
todas as outras mulheres, anormal...
Esse problema é mais frequente do que
se imagina, porém há muito silêncio a respeito, pois trata-se de uma patologia
muito íntima, e que constrange a mulher.
O exame ginecológico é importante
para afastar problemas clínicos e anatômicos que podem ser os responsáveis pela
dor à penetração (lembrando: se houver problema anatômico ou clínico,
daí não é vaginismo): infecções, septos vaginais, endometriose, lesões
genitais diversas, etc.
O tratamento para o vaginismo é a
terapia sexual. São realizadas sessões de psicoterapia com tarefas (exercícios)
específicos para essa disfunção.
O vaginismo é uma das disfunções que
melhor responde à terapia sexual. Quando a paciente está bastante motivada a
porcentagem de cura é muito alta.
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